Série Mulheres Árabes | # 11 Shadia Mansour


Filha de pais palestinos, Mansour nasceu e cresceu no sul de Londres, mas foi influenciada pela cultura árabe desde o nascimento. Indo a reuniões pró-palestinas com seus pais desde cedo, ela era conhecida entre a comunidade palestina de Londres por cantar canções clássicas de protesto árabe.
De acordo com o The Culture Trip, Mansour aborda a questão espinhosa do gênero dentro da cultura árabe. Ela acredita que tem uma responsabilidade especial quando se trata de desafiar a misoginia em algumas vertentes do conservadorismo árabe.
Uma das pelas quais ela tentou contra-atacar foi recusando-se a tocar em audiências segregadas por gênero, que ela encontrou durante sua turnê pela Cisjordânia. Embora seja imensamente orgulhosa de sua herança, ela se posiciona contra alguns detalhes da ortodoxia árabe e se opõe ativamente a tradições como a separação de gênero.
O primeiro single de Mansour enfatiza o papel dos kufiahs, o lenço símbolo da luta e resistência do povo palestino*. Em entrevista à SAMAR Media, a artista conta que a canção foi escrita quando ela descobriu uma loja no Brooklyn, que comercializava um “kufiah israelense”.
Confira abaixo o vídeo da música legendado em português:
* Recomendo o texto “Sobre Kufiahs, Turbantes e Bom Senso”, do Plinio Zunica.
Este artigo faz parte da Série Mulheres Árabes, publicações diárias durante o mês de março, com o intuito de contribuir com a visibilidade das diferentes narrativas protagonizadas por mulheres árabes. O projeto é de autoria de Camila Ayouch, colunista do Regra dos Terços e estudante de Letras Português-Árabe na Universidade de São Paulo (USP).
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