Após comparar abandono paterno a aborto, Damares é alvo de bolsonaristas

Apoiadores do presidente atacaram a ministra pela fala e a acusaram de “feminista enrustida”
Mais de 5,5 milhões de crianças brasileiras estão registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento de acordo com Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Somente no primeiro semestre deste ano 80 mil bebês contam apenas com o nome da mãe. Este é apenas um recorte do abandono paterno em que as crianças estão submetidas no país, pois não é possível contabilizar o número de pais que, apesar de registrarem os filhos, não participam ativamente de sua criação, transferindo para a mulher toda a responsabilidade.

No último sábado (24), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fez uma campanha contra o abandono paterno em suas redes sociais e escreveu que “abandono paterno, também é uma forma de aborto! Abandono afetivo, também é uma forma de aborto. Pagar pensão e não estar presente na vida da criança, também é uma forma de aborto. Se você se enquadra neste perfil, não importa se você é de esquerda, de direita ou de centro, se é homem ou mulher: abandono afetivo é crime”.
A mensagem para chamar a atenção para o tema não foi bem recebida pelos bolsonaristas que revidaram dizendo que a comparação era “infeliz” já que, segundo eles, o aborto era considerado um assassinato. Outra parte dos internautas acusaram Damaris de “feminista enrustida”.
O jornalista Erick Mota fez uma análise sobre a indignação dos apoiadores do presidente sobre o posicionamento da ministra, confira: