Os bombeiros estavam trabalhando para conter um grande incêndio que eclodiu em um prédio de apartamentos no Bronx na manhã de sexta-feira, ferindo pelo menos sete pessoas e deslocando muitas outras, disse o Corpo de Bombeiros. Não houve mortes ou ferimentos com risco de vida, de acordo com as autoridades.
Cerca de 250 bombeiros e equipes de emergência médica correram para o prédio residencial de seis andares na Avenida Wallace, perto da Avenida Arnow, depois que um incêndio foi relatado pouco antes das 2h, disse o Corpo de Bombeiros. O incêndio no último andar foi elevado a cinco alarmes cerca de uma hora depois, disse.
Várias dezenas de bombeiros ainda estavam reunidos do lado de fora do prédio por volta das 10h. Muitas das janelas do último andar foram destruídas e algumas tinham cacos de vidro pendurados que pareciam dentes irregulares. A fumaça continuou a subir do prédio enquanto um bombeiro em uma escada lavava o telhado com mangueira.
As sete pessoas feridas incluíam cinco bombeiros, disse o departamento por e-mail. Uma pessoa foi atendida no local, mas não quis ser levada ao hospital.
Uma porta-voz do Departamento de Polícia disse anteriormente que algumas pessoas sofreram ferimentos por inalação de fumaça.
Robert S. Tucker, o comissário dos bombeiros, disse durante uma entrevista coletiva que foi um milagre não ter havido feridos graves ou mortes. Autoridades disseram que todos os apartamentos do último andar do prédio foram destruídos.
Os bombeiros jogaram água contra a fumaça e as chamas que saíam dos andares superiores e do telhado, de acordo com vídeos postados online pelo Corpo de Bombeiros e por meios de comunicação de televisão. Ventos fortes alimentaram o incêndio, disse o departamento; as chamas pareciam em vídeos ter se espalhado por vários edifícios vizinhos.
A causa do incêndio está sob investigação, disseram autoridades.
A Cruz Vermelha estava no local ajudando os moradores desalojados pelo incêndio, e um abrigo temporário foi montado na Escola Bennington, na Avenida Adee, nas proximidades. Doreen Thomann-Howe, chefe executiva da Cruz Vermelha Americana na região da Grande Nova York, disse durante entrevista coletiva que 66 famílias já haviam se cadastrado para receber assistência, incluindo hospedagem. Ela disse que esperava que esse número aumentasse.
Juan Cabrera e sua família estavam entre os que buscaram ajuda na Escola Bennington. Cabrera disse que ele e sua família não ouviram nenhum alarme de incêndio, mas ouviram vidros quebrando enquanto os moradores saltavam pelas janelas. Ele disse que também ouviu pessoas correndo pelo corredor um lance acima dele, enquanto outras gritavam “Saia!”
Cabrera, 47, disse que sentiu cheiro de fumaça e acordou sua filha, Rose, 13. Ele e sua esposa, Aurora Tavera, pegaram suas identidades, passaportes e celulares, e a família deixou o prédio.
“Fiquei desesperada”, disse Taverna, 32 anos.
“Graças a Deus ainda estamos vivos”, disse Cabrera, que trabalha como auxiliar e zelador escolar e mora no prédio há cinco anos. “As coisas materiais você pode recuperar, mas temos nossa família”, disse ele.
Louis Montalvo, 55 anos, também estava entre os que procuravam ajuda. Ele disse que os bombeiros bateram em sua porta por volta das 3 da manhã e que ele sentiu cheiro de fumaça.
“Estou grato por estar por perto”, disse Montalvo, do lado de fora do abrigo temporário. Ele ainda usava as calças do pijama de feltro, que tinham bonecos de neve estampados.
Vanessa L. Gibson, presidente do distrito do Bronx, disse estar “muito grata” por não ter havido mortes no incêndio.
O último grande incêndio em um apartamento no Bronx ocorreu em 2022 e resultou em 17 mortes, que os especialistas disseram ser totalmente evitáveis. As portas de fechamento automático do prédio não funcionavam bem, permitindo que a fumaça escapasse do apartamento onde o incêndio começou e preenchesse rapidamente os 19 andares da estrutura.
