BOLSONARO DIZ QUE PODE SER PRESO DEPOIS QUE DEIXAR A PRESIDÊNCIA

O presidente Jair Bolsonaro voltou a apresentar medo de ser preso. Em entrevista à rádio Fonte FM, de Goiás, ele disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prepara uma medida restritiva contra ele, assim que deixar o governo.
Ainda durante o fim de semana, o presidente já havia dito que o futuro lhe reserva a prisão, morte ou vitória e que a prisão não tem chance de ocorrer.
“Eu quis dizer que está uma pressão muito grande. Você pode ver, quando a gente fala em voto eletrônico, voto impresso, passou a ser crime. Quando você fala em tratamento precoce, passou a ser crime”, afirmou à rádio.
Ele foi incluído no inquérito das Fake News após preferir diversos ataques aos ministros do Supremo e disseminar, rotineiramente, notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Alexandre de Moraes só incluiu o chefe do Executivo após feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“E o ministro Alexandre de Moraes me colocou no inquérito das fake news, o inquérito do fim do mundo. Inquérito sem participação do Ministério Público. O que eles querem com isso aí? Aguardar o momento para me aplicar uma sanção restritiva, quem sabe quando eu deixar o governo lá na frente”, disse hoje Bolsonaro.
Durante o fim de semana o ministro Ricardo Lewandowiski publicou um artigo no jornal Folha de S. Paulo afirmando que o futuro reserva um preço alto para aqueles que pregam a ruptura democrática. E é isso que Bolsonaro vem fazendo.
Ainda no fim de semana, o presidente chegou afirmar que não deseja uma ruptura, mas que tudo tem limite. Bolsonaro vem incentivando a população a se armar com fuzil, sob o pretexto de “garantir a própria liberdade”. Ele ainda tem convocado o povo para as ruas no próximo dia 7, para marchar contra o Judiciário e tem afirmado que fará aquilo que o povo decidir.
Em Brasília há um grande temor de que os atos deem início a ruptura democrática que Jair Messias Bolsonaro vem defendendo, direta ou indiretamente, desde os anos 90.