COP26 faz acordo para proteção dos povos indígenas: veja como foi a primeira semana da Conferência do Clima

Após seis dias do início da 26º Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), diversos compromissos importantes para o futuro do planeta foram firmados. Fim do desmatamento, proteção dos povos indígenas e redução dos gases de efeito estufa foram algumas das diretrizes firmadas que devem auxiliar em um outro objetivo fundamental: limitar o aquecimento global em 1,5ºC.

Mas o evento, que acontece em Glasgow, na Escócia, foi marcado pela ausência do governo brasileiro. Mas, apesar da falta do governo que é responsável – ou deveria ser – pela preservação de 6.700.000 km² da principal floresta tropical o mundo (Amazônia), a Conferência gerou momentos marcantes como o compromisso para salvar e recuperar florestas do planeta, que foi anunciado oficialmente no segundo dia de evento. 

Dentre os pontos firmados no acordo, está o freamento da destruição da biodiversidade, fome e proteção dos direitos dos povos indígenas. 

Sobre este tópico, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que o compromisso seja de fato implementado, “para as pessoas e pelo planeta”. Somente no Brasil, existem pelo menos 305 povos indígenas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população indígena no país ultrapassa os 800 mil indivíduos, que habitam 724 terras ou reservas. Eles são responsáveis por preservar 117 milhões de hectares, o que representa quase 14% do território brasileiro, segundo a Funai. 

Quanto ao compromisso de aumentar os esforços e práticas efetivas de conservação florestal e ecossistemas terrestres, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que 110 países aderiram ao pacto, o que representa 85% das florestas mundiais.

A declaração ainda prevê a reestruturação de políticas agrícolas e de programas para reduzir a fome e beneficiar o meio ambiente. Os líderes prometem também facilitar o financiamento para reverter perdas e degradação florestal, acelerando a transição para o que eles chamam de “uma economia verde”.

Foi assinado ainda, a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra.  Johnson declarou que “proteger as florestas não é apenas uma ação para combater a mudança climática, mas também um ideal para um futuro mais próspero”. O Brasil, ao assinar a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, aderiu ao compromisso de reduzir em 30% a emissão de gás metano. 

Durante sua fala, o primeiro-ministro destacou que Brasil, China e Rússia estão entre os países que firmaram o acordo, e que isso também pode servir como uma oportunidade paralela para a criação de empregos. Jair Bolsonaro figurou somente através de um vídeo enviado, assim como o presidente da Rússia, Vladimir Putin.  

Outro foco importante da Conferência foi a denúncia sobre os gastos de dinheiro em práticas destrutivas do que para a proteção de florestas e agricultura sustentável, que na última década aumentou em 40 vezes. Diante deste cenário, mais de 30 instituições financeiras se comprometeram investir U$$ 8,7 trilhões para reverter esse quadro. 

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