CPI DA COVID: CRISTIANO CARVALHO CONFIRMA PEDIDO DE PROPINA POR PARTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ouve nesta quinta-feira (15) o depoimento do representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho. O vendedor deve esclarecer pontos das investigações sobre o suposto caso de propinas que envolveram a compra da vacina AstraZeneca.
Depois das declarações de Luis Dominguetti Pereira, que se apresentava como representante da Davati, declarar em seu depoimento à comissão que houve uma cobrança de propina por parte do Ministério da Saúde. Após essa declaração, Davati se tornou alvo de investigações da CPI.
Em determinado ponto da oitiva desta quinta-feira (15), Carvalho afirmou que houve um pedido de propina para a compra de vacinas, o que eles chamam de “comissionamento”, e que esse pedido teria partido da equipe do tenente-coronel Marcelo Blanco, então assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, que esteve presente com então diretor de Logística, Roberto Dias, onde foi pedido a propina de U$1 por dose de vacina.
Roberto Dias é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e foi exonerado do cargo após denúncias da Folha de São Paulo, que revelaram uma entrevista com Dominguetti que denunciava Dias nas negociações da vacina AstraZeneca. O pedido acontecido em um restaurante em Brasília. Dias confirma o encontro, mas se defende e diz que não fez nenhum tipo de proposta corrupta e nem pressionado para que a pasta comprasse a compra da vacina indiana, Covaxin.
Denúncias dos irmãos Miranda ainda ressoam nas polêmicas das vacinas e do governo Bolsonaro
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), e o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, forma ouvidos pela CPI da Covid e são os responsáveis por denunciar que houve apontamentos de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
Segundo relatos coletados pela CPI da Pandemia, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), teria sido alertado pessoalmente sobre essas irregularidades que, segundo as informações reunidas, podem ser encontradas no contrato para a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin no valor de R$1,6 bilhão.
A dose foi negociada por US$ 15, preço maior ao da negociação de outras vacinas no mercado, por exemplo, da Pfizer. O deputado ainda denunciou à CPI a pressão da pasta para favorecimento da Precisa Medicamentos, representante da desenvolvedora da vacina, Barath Biontech, no Brasil.