Edir Macedo pede para que fiéis doem todos os bens para igreja

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo sugeriu em uma live que os fiéis doem todos os seus bens à igreja antes de morrer. “Você, meu amigo, minha amiga, senhor, senhora, pessoas que tenham bens, propriedades, que tenham riquezas, preste atenção, se você quer fazer algo que agrade a Deus, que vá beneficiar outras pessoas, antes de você morrer, antes de você passar para a eternidade, deixe o que você tem para a igreja”, propôs Edir.

No vídeo gravado ao lado da esposa o bispo que também é proprietário do Grupo Record e da Record TV, a terceira maior emissora de televisão do Brasil disse que as doações seriam uma forma de agradar a Deus.

“Envolver, ou melhor estimular ou avançar o trabalho de evangelização com essa missão de levar o Evangelho para outras criaturas. Tudo que supostamente é meu, não é meu, não tenho nada. Já está preparado para dar continuidade nesse trabalho de evangelização… Deus se agrada dessa oferta”.

A proposta gravada no vídeo vem causando revolta nas redes sociais e o religioso está sendo bastante criticado.

Igreja Bilionária

Um relatório feito pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro subordinado ao Centro de Apoio Operacional à Execução Ministério Público de São Paulo (CAEx) e obtido pelo Intercept mostrou que a Igreja Universal do Reino de Deus, liderada por Edir recebeu R$ 33 bilhões em doação bancárias, entre 1º de janeiro de 2011 e 31 de julho de 2015. Os dados foram reunidos depois de uma quebra de sigilo bancário da igreja em uma investigação policial sobre lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato, sonegação fiscal e crimes contra a ordem econômica e relações de consumo aberto em 2014.

Os valores depositados nos 4 anos não incluem doações em dinheiro vivo que muitas vezes são feitas por fiéis por meio de dízimo e ofertas.

Ainda de acordo com informações do Intercept, a Universal movimentou R$ 33,3 bilhões em operações de crédito e o mesmo valor em transações de débito. Grande parte das operações registradas estão relacionadas ao Banco Renner, que pertence a Edir Macedo.

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