Moraes prorroga inquérito contra Bolsonaro por fake news sobre vacina

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o Inquérito (INQ) 4888, aberto a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, do Senado Federal, para investigar declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a respeito da covid-19, como a propagação de notícias falsas sobre a vacina.
A decisão atende a pedido da Polícia Federal (PF), que informou a necessidade de prosseguimento das investigações.
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Relatório CPI da Pandemia
O inquérito foi instaurado a pedido da CPI da Pandemia, que, em seu relatório final, apontou a prática de crimes por Bolsonaro e afirmou que as condutas atribuídas ao presidente da República, de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra a covid-19, se utilizam do mesmo modo de operação de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais.
Mesmo após o inquérito da CPI, Bolsonaro seguiu falando contra as vacinas e espalhando fake news contra os imunizantes. Em janeiro deste ano, ele disse que as mortes de crianças pela covid-19 no país não justificavam a vacinação, devido aos seus “efeitos colaterais adversos”. Ele falou que os efeitos dos imunizantes nas crianças era uma “incógnita”.
Em outubro de 2020, ele afirmou que para o “governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém”. Porém, o que Bolsonaro escondeu da população, é que todas as vacinas aplicadas no país foram cientificamente testadas e tiveram suas eficácias comprovadas, assim como receberam certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Falas como essas foram constantes, e chegaram ápice ao presidente sugerir que as vacinas causavam HIV, o que, por óbvio, é mentira.
Com informações do STF