MPF abre inquérito para apurar ausência do item sobre comunidade LGBTQIA+ no Censo 2022

Olá querides companheiros e companheiras! Falaremos hoje sobre inclusão e a importância de sermos vistos e reconhecidos como cidadãos. Nesta quarta-feira (15), foi anunciada a abertura de 206.891 vagas temporárias para recenseadores, agentes censitários, e agentes censitários municipais, para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Estas vagas serão para o Censo 2022, coordenadas pelo órgão. Há vagas em todos os municípios do país. Mas, em geral, o que temos a ver com isso?
O Ministério Público Federal (MPF) do Acre abriu inquérito para apurar porque não há item sobre a comunidade LGBTQIA+ no Censo do IBGE.
A abertura é resultado de apuração preliminar que começou em novembro com o objetivo de apurar se há irregularidade. O IBGE diz que pergunta sobre gênero é ‘sensível’ e pode ser considerada invasiva.
“A investigação de gênero é considerada como quesito sensível, ou seja, quesito que pode ser considerado invasivo e pessoal pelo respondente, podendo impactar na coleta de todas as demais informações”, afirmou o IBGE ao G1.
A falta dessas questões exclui a comunidade LGBTQIA+ e isso tem impacto direto na construção de políticas públicas voltadas para a nossa comunidade. Sem estes dados não podemos direcionar estas políticas e nem acrescentar uma inclusão necessária para todos nós.
Importância do Censo para o país
A cada 10 anos é realizado a pesquisa para formular o Censo Demográfico. Em 2020, que seria o ano a ser feito, a pesquisa foi adiada por conta da pandemia, já que os licenciadores precisam ir até as casas das pessoas e fazer as perguntas do questionário.
Além da contagem populacional, a pesquisa traz dados sobre condições de vida, emprego, renda, acesso a saneamento, saúde e escolaridade, entre outros.
É o Censo que orienta grande parte dos investimentos públicos.
O objetivo da investigação é verificar ‘eventual irregularidade’ no Censo 2022 “em relação à não inclusão dos campos de identificação da ‘identidade de gênero’ e ‘orientação sexual’ nos questionários básico e amostral”, afirmou o procurador Lucas Costa Almeida Dias, em matéria do G1.
Sabemos que hoje toda a nossa comunidade vive na invisibilidade quando o assunto é políticas públicas voltadas para o público LGBTQIA+. Vivemos em um país onde a discriminação é o carro chefe do governo atual.
Ações como estas vindas do Ministério Público são de extrema importância para todos nós, precisamos de reconhecimento e de respeito acima de tudo.
O Ministério Público entendeu que há indícios o bastante para que seja aberto um inquérito de apuração. Vamos aguardar.