ADOLECENTES NÃO SERÃO MAIS IMUNIZADOS NO BRASIL, DIZ QUEIROGA DEPOIS DE GOVERNADORES VACINAREM 3,5 MILHÕES

Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (16) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que os adolescentes não devem se vacinar no Brasil. A exceção cabe apenas para os adolescentes entre 12 e 17 anos que têm comorbidades ou estão privados de liberdade.
Segundo Queiroga, a decisão veio depois que mais de 1.500 adolescentes apresentarem efeitos adversos à vacina e, principalmente, porque há relato de uma morte que pode ou não ter relação com a imunização. O caso está sendo estudado.

Os estados e municípios já imunizaram no total, mais de 3,5 milhões de pessoas menores de idade, contrariando o Plano Nacional de Imunização (PNI), o que tem gerado “uma torre de babel da vacinação”, segundo o ministro. Os únicos adolescentes que deveriam estar sendo vacinados são os com comorbidades e privados de liberdade, mas os gestores locais estão passando por cima da recomendação do Ministério da Saúde e, dos mais de 3,5 milhões imunizados, quase 20 mil já receberam até a segunda dose e ao menos nove adolescentes receberam a terceira.
Queiroga relembrou que o PNI segue as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sair dele coloca em risco a população. Apesar de somente a vacina da Pfizer ter autorização para ser aplicada em adolescentes, os secretários estaduais e municipais estão aplicando outros imunizantes, o que torna a situação ainda mais delicada.
Os gestores ainda estão promovendo a chamada intercambialidade, que é aplicar a segunda dose com uma vacina diferente da que foi aplicada na primeira. Queiroga aponta para o alto risco que os adolescentes estão sendo submetidos, uma vez que não há estudos sobre alternância de vacinas entre esse grupo.
Não há prazo para que o Ministério recomende imunização de adolescentes, isso vai depender das evidências científicas.