Convenção sobre Diversidade Biológica propõe estrutura global para preservar e proteger a biodiversidade.
A diversidade biológica é mais do que plantas, animais, microrganismos e seus ecossistemas. É sobre pessoas e a necessidade de segurança alimentar, medicamentos, ar fresco e água, abrigo e um ambiente limpo e saudável para se viver.
Ao compreender isso, é possível entender que a biodiversidade é essencial para a saúde, o bem-estar, a prosperidade econômica, a qualidade dos alimentos e outras áreas necessárias para o desenvolvimento individual e coletivo de todos os seres humanos.
Para atender às necessidades atuais e, ao mesmo tempo, garantir um mundo saudável e viável para as gerações futuras, em 1992, na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, líderes mundiais concordaram em adotar uma estratégia abrangente para o desenvolvimento sustentável.
O primeiro tratado mundial é hoje o principal fórum mundial de discussão sobre a biodiversidade em três frentes: ecossistemas, espécies e recursos genéticos.
O plano visa conter e reverter a destruição ecológica da Terra até o final da década e proteger pelo menos 30% das áreas terrestres e marítimas do mundo, reduzir pela metade os nutrientes perdidos para o meio ambiente e eliminar os resíduos de plástico.
Expandir os ecossistemas em 15% para apoiar populações saudáveis e resilientes de todas as espécies e reduzir as extinções em pelo menos 10 vezes. Até 2030, pretende-se resgatar 90% da diversidade genética de espécies selvagens e domesticadas.
As contribuições da natureza devem ser valorizadas, mantidas ou aprimoradas por meio da conservação. Os governos devem informar todas as decisões públicas e privadas relevantes e restaurar a sustentabilidade de longo prazo daqueles em declínio.
A meta de curto prazo pretende aumentar os benefícios monetários para os provedores, incluindo os detentores de conhecimento tradicional, assim como subsídios não monetários, tais como a maior participação em pesquisa e desenvolvimento.
Até 2050 o objetivo é diminuir progressivamente a lacuna entre os recursos financeiros disponíveis e, até o final da década, implantar a construção de capacitação e desenvolvimento, maior cooperação técnica e científica e transferência de tecnologia.
“É necessária uma ação política urgente em nível global, regional e nacional para transformar os modelos econômicos, sociais e financeiros para que as tendências que exacerbaram a perda de biodiversidade se estabilizem até 2030 e permitam a recuperação dos ecossistemas naturais nos 20 anos seguintes.” Maruma Mrema, secretária-executiva da CDB
Raphaella Caçapava
Gabriel França
Convenção sobre Diversidade Biológica, Organização das Nações Unidas, Ministério do Meio Ambiente.