A apresentadora do BC Today, Michelle Elliot, fala com a bióloga da vida selvagem de BC, Alexandra Morton, sobre a influência e o legado da conservacionista Jane Goodall, morta aos 91 anos. Morton, bióloga e autora de baleias, diz que Goodall era visto como “uma luz orientadora” para ela e para as mulheres na ciência.
Olá, sou Anand Ram, da equipe científica da CBC.
Embora famoso por estudar chimpanzés, Goodall não permaneceu um observador imparcial. Ammie Kalan, uma primatologista canadense que entrevistei após a morte de Goodall, chamou-a de “defensora da Terra” que “viveu sua vida tentando explicar a importância de valorizar o mundo natural”.
Esse ativismo, disse-me sua amiga e colega Kerry Bowman, começou cedo. Dissemos que Goodall deu nomes aos chimpanzés em Gombe, na Tanzânia – mas essa medida atraiu duras críticas na época, por ser considerada não científica. Isso não a impediu, no entanto.
Numa conferência de primatologia em Chicago, em 1986, ela ficou chocada com apresentações sobre a escala do desmatamento. Ela disse: “Cheguei à conferência como cientista. Saí como ativista”. Depois disso, em 1977, ela formou o Instituto Jane Goodall para acompanhar os esforços de estudo e conservação dos chimpanzés.
Em 1991, ela formou o Roots & Shoots, um programa de justiça ambiental e social voltado para jovens. Através do Instituto, ela ajudaria a fundar um santuário e seria nomeada Mensageira da ONU para a Paz.
Seu ativismo continuaria por décadas por meio de palestras e organizações comunitárias, reforçando o que Bowman chamou de sua capacidade de “ver a beleza da vida não humana”.









