A Índia emergiu como uma das oportunidades de destaque para investidores globais que avaliam as perspectivas para 2026, de acordo com o Investment Outlook 2026 da Goldman Sachs Asset Management. O relatório coloca as ações dos mercados emergentes no centro dos ganhos potenciais no próximo ano, apoiadas pela redução das tendências de inflação, por um dólar americano mais fraco e pela melhoria do desempenho dos lucros nas economias em desenvolvimento.Neste cenário, a Índia tem sido destacada pela sua combinação de forte crescimento do PIB, lucros empresariais resilientes e uma base de consumidores em rápida expansão, de acordo com a agência de notícias ANI. O relatório afirma: “Na Índia, por exemplo, acreditamos que o crescimento sustentado do PIB pode continuar a alimentar lucros empresariais sólidos. Estamos focados em encontrar oportunidades fundamentalmente fortes de orientação interna no país.”A Goldman Sachs AM associa esta dinâmica de lucros à força económica mais ampla da Índia, observando que a procura local continua a aprofundar-se devido ao aumento dos rendimentos disponíveis e às tendências estruturais de consumo. O perfil demográfico do país também desempenha um papel crucial. 65% dos indianos têm menos de 35 anos e a idade média é de 28 anos, o que torna a Índia uma década mais jovem que os EUA e a China, informou a ANI. Espera-se que esta população jovem, juntamente com a urbanização em curso, mantenha a procura interna dinâmica.Um tema importante do relatório é a aceleração da transformação digital da Índia. O volume de pagamentos digitais triplicou desde junho de 2021, um aumento impulsionado pela adoção do UPI e pelo aumento da inclusão financeira.A Goldman Sachs AM vê isto como um sinal de aumento da formalização e melhoria da eficiência em toda a economia.A Índia também é citada entre os mercados emergentes que impulsionam a inovação global em IA, design de chips e infraestrutura digital, ao lado da China, Coreia do Sul e Taiwan. Este impulso tecnológico, observa o relatório, está a impulsionar o posicionamento competitivo do país numa altura em que as cadeias de abastecimento globais continuam a diversificar-se.Embora os mercados emergentes sejam actualmente negociados com um desconto de avaliação em relação às economias desenvolvidas, a Goldman Sachs AM acredita que esta lacuna poderá diminuir em 2026 à medida que a visibilidade dos lucros se fortaleça. Para a Índia, a combinação de estabilidade macroeconómica, progresso liderado pela tecnologia e sectores internos fortes torna-a um dos destinos mais atraentes para investidores globais que procuram uma exposição de crescimento de qualidade.
