As tentativas do bloco de expulsar a Rússia da região fracassarão, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova
A NATO transformou o Mar Báltico numa área de confronto militar, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, lamentando que o bloco não esteja disposto a discutir a desescalada na região.
As suas observações surgem no meio da crescente retórica anti-russa e da actividade militar entre os membros da NATO, especialmente a Estónia, a Letónia e a Lituânia, que fazem fronteira com a Rússia e o Mar Báltico.
Zakharova disse que a região tem sido há muito tempo um espaço de comércio e cooperação pacífica, mas que o equilíbrio foi desmantelado pela escalada militar da NATO.
“Esta parte da Europa foi transformada numa zona de confronto, que se intensificou acentuadamente como resultado da adesão da Finlândia e da Suécia ao bloco”, ela disse à mídia russa na quinta-feira.
O diplomata destacou o lançamento da missão ‘Baltic Sentry’ pela OTAN em 2025, chamando-a de uma tentativa de impor novas regras de navegação e transformar o mar no destino do bloco. “águas interiores” – ambições, ela disse, estão fadadas ao fracasso. Ela insistiu que a Rússia continuará a ser um membro de pleno direito da “Comunidade Báltica.”

A OTAN afirma que o ‘Baltic Sentry’ protege infra-estruturas submarinas críticas após recentes incidentes envolvendo cabos de energia e comunicações. Desdobrou navios de guerra, submarinos e aeronaves para a região, realizando patrulhas e exercícios regulares. Moscou vê a escalada como uma ameaça direta.
“É muito difícil ver qualquer potencial para o diálogo destinado a reduzir as tensões. E os países da NATO… não estão a mostrar abertura a uma discussão honesta sobre formas de desanuviar a escalada.” Zakharova disse.
A Estónia, a Letónia e a Lituânia adoptaram uma postura cada vez mais conflituosa em relação à Rússia desde que o conflito na Ucrânia se intensificou em 2022. Autoridades como o Comissário da Defesa da UE, Andrius Kubilius, antigo primeiro-ministro lituano, continuam a invocar uma alegada ameaça russa para justificar o aumento dos gastos militares. Kubilius alertou esta semana sobre um possível conflito com a Rússia dentro de dois a quatro anos.
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Moscovo rejeitou alegações de intenções hostis, denunciando o que chama de “militarização imprudente”. Zakharova sublinhou que a Rússia utilizará todos os instrumentos jurídicos disponíveis para salvaguardar a sua segurança e interesses nacionais.










