‘Império da Luz’, de René Magritte, quebrou recordes em leilões na terça-feira, sendo vendido por mais de US$ 121 milhões na Christie’s em Nova York. A obra-prima de 1954, inicialmente avaliada em US$ 95 milhões, superou o recorde anterior do artista surrealista de US$ 79 milhões estabelecido em 2022.
A pintura, que mostra uma casa iluminada sob um céu azul diurno contrastando com uma noite escura, cativou colecionadores. Parte de uma série sobre luz e sombra, é uma das obras mais icônicas de Magritte.
A peça pertenceu à falecida Mica Ertegun, designer de interiores e patrona das artes nascida na Romênia. Ertegun, falecida em 2023, foi uma figura significativa no cenário cultural americano e esposa de Ahmet Ertegun, fundador da Atlantic Records. A venda foi um destaque na temporada de leilões de outono, com a identidade do comprador permanecendo desconhecida.
Esta conquista coloca Magritte entre um grupo de elite de artistas cujas obras ultrapassaram a marca dos 100 milhões de dólares em leilão, ao lado de figuras como Picasso e Warhol. Marc Porter, presidente da Christie’s Américas, descreveu o evento como “um momento histórico em nossa sala de vendas”.
O que é surrealismo?
O surrealismo é um movimento artístico do século 20 que visa desbloquear a mente inconsciente, misturando imagens oníricas com a realidade. Originado na década de 1920, o movimento foi fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud. Encorajou o uso de justaposições inesperadas e cenas ilógicas para desafiar as perspectivas convencionais.
Artistas como René Magritte, Salvador Dalí e Max Ernst tornaram-se sinônimos de surrealismo, elaborando obras que muitas vezes provocavam profunda introspecção ou desconforto. Magritte, em particular, foi celebrado pela sua capacidade de apresentar objectos comuns em contextos extraordinários, forçando os espectadores a questionar as suas percepções da realidade.
Em outro lugar, uma obra de arte conceitual do artista italiano Maurizio Cattelan foi vendida por US$ 6,2 milhões na Sotheby’s de Nova York. A peça, uma única banana colada na parede, atraiu grande atenção durante sua estreia em 2019 na Art Basel Miami Beach, onde houve debates sobre seu valor artístico.
A última venda, feita ao empresário de criptomoedas Justin Sun, representa um aumento impressionante em relação ao preço original de US$ 150.000. Sun adquiriu um certificado de autenticidade que lhe permite recriar a peça, que anunciou que planeja “consumir como parte da experiência artística”.
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